Se é que é um perfil
Eu não seria eu se não fosse assim
E ainda nem me acostumei comigo
Imagine então um amigo, comum ouvir que sou doida
Inimigo não tenho - correção, não sou, só alguns desafetos
Sou calma feito remanso
Explodo feito vulcão
Rio por qualquer tolice
Chorar também choro
Tristeza tenho sentido de sobra
Amar eu amo muito, de gente a serpentes
Odiar não odeio, não sou tão lesada assim
Sonhar só dormindo - já sonhei com a imortalidade, impossivel para quem ama, cada um que parte parte meu coração, leva um pedaço da minha alma embora e sem ela eu sei, não sobrevivo -
Querer eu quero continuar em paz - espiritual -
Dinheiro é papel de troca
Trabalhar é fácil, de presidente a servente, problema são as paranóias no ambiente mas onde tem gente...
Viajar preferia que fosse à pé, à nado, ou voando, como tenho parafusos numa perna, não tenho guelras nem asas e morro de medo de avião, vou indo feito tartaruga, carregando minha casa nas costas
Família, um laboratório psiquiátrico, amo, a dos meus pais é a minha
Certezas, nenhuma
Poesia, um jeito
Escrever, vício
Solidão, prazerosa, observar, observar, sentir, então não há solidão
há silêncio interior
Preguiça, posso morgar durante dias, andar descalça, tomar chuva, há tanto para se viver neste estado
Floresta, queria voltar prá lá com rabo e tudo
E prá variar devo estar esquecendo de algo
Hum, defeitos, defeitos, defeitos?
Ora, estou falando é de mim!