Se é que é um perfil

Eu não seria eu se não fosse assim

E ainda nem me acostumei comigo

Imagine então um amigo, comum ouvir que sou doida

Inimigo não tenho - correção, não sou, só alguns desafetos

Sou calma feito remanso

Explodo feito vulcão

Rio por qualquer tolice

Chorar também choro

Tristeza tenho sentido de sobra

Amar eu amo muito, de gente a serpentes

Odiar não odeio, não sou tão lesada assim

Sonhar só dormindo - já sonhei com a imortalidade, impossivel para quem ama, cada um que parte parte meu coração, leva um pedaço da minha alma embora e sem ela eu sei, não sobrevivo -

Querer eu quero continuar em paz - espiritual -

Dinheiro é papel de troca

Trabalhar é fácil, de presidente a servente, problema são as paranóias no ambiente mas onde tem gente...

Viajar preferia que fosse à pé, à nado, ou voando, como tenho parafusos numa perna, não tenho guelras nem asas e morro de medo de avião, vou indo feito tartaruga, carregando minha casa nas costas

Família, um laboratório psiquiátrico, amo, a dos meus pais é a minha

Certezas, nenhuma

Poesia, um jeito

Escrever, vício

Solidão, prazerosa, observar, observar, sentir, então não há solidão

há silêncio interior

Preguiça, posso morgar durante dias, andar descalça, tomar chuva, há tanto para se viver neste estado

Floresta, queria voltar prá lá com rabo e tudo

E prá variar devo estar esquecendo de algo

Hum, defeitos, defeitos, defeitos?

Ora, estou falando é de mim!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 24/06/2011
Reeditado em 30/06/2011
Código do texto: T3053577