JANGADAS
Jangadas ao mar
balança, balança
pra lá e pra cá
nu'marítima dança
Jangadas ao léu
para além do horizonte
a visão abarca o céu
a água turva a fronte
Jangadas ao vento
soprando suas velas
para o infindo intento
onde o mar se revela
Jangadas no oceano
sedentas de pescaria
entra ano, sai ano
é a mesma pesca do dia
Jangadas ao sol
os homens de tez escura
parecem como o rouxinol
cantando em toda formosura
Jangadas de volta à praia
carregadas de peixe farto
os homens da mesma laia
dividem todos o mesmo prato
Jangadeiros do labor
sofrido da vida diária
trabalham devotos de amor
e cheios de histórias lendárias