A ACIDEZ DAS ERVAS
ACIDEZ DAS ERVAS
(para o poema A Aridez das Evas, da amiga Kathleen ML )
O príncipe se perde na busca
Total das ervas ácidas
Mas o brilho da luz lhe ofusca.
Não vê o conflito das Evas áridas...
O conflito que as atingem
Em seus desejos ocultos...
Sangram batalhas de regras e conflitos
E deixam perfume em rastros e vultos.
Elas passam e pesam o tempo.
Guardam o útero e os lábios sedentos.
Dormem ao revés do vento
Na miragem de seus dias sonolentos.
Seus véus escondem a verdade...
Desgostos das suas trapaças
E os momentos de sinceridade.
Seus olhos vêem pelas vidraças.
As Evas mudam no seu paraíso
E se perdem no deserto do mundo...
As ervas murcham no momento preciso
E fervem o chá do tartamudo.
Este se perde no amor das miragens,
Ilusão das áridas Evas,
Alquimia de suas viagens,
Infusão das ácidas ervas.
Um dia virá do deserto de areia
Verá seu povo e sua Eva à espera.
Honrará seu nome, seu sangue na veia
Marcando a história de sua era.
© Walterbrios