A ACIDEZ DAS ERVAS

ACIDEZ DAS ERVAS

(para o poema A Aridez das Evas, da amiga Kathleen ML )

O príncipe se perde na busca

Total das ervas ácidas

Mas o brilho da luz lhe ofusca.

Não vê o conflito das Evas áridas...

O conflito que as atingem

Em seus desejos ocultos...

Sangram batalhas de regras e conflitos

E deixam perfume em rastros e vultos.

Elas passam e pesam o tempo.

Guardam o útero e os lábios sedentos.

Dormem ao revés do vento

Na miragem de seus dias sonolentos.

Seus véus escondem a verdade...

Desgostos das suas trapaças

E os momentos de sinceridade.

Seus olhos vêem pelas vidraças.

As Evas mudam no seu paraíso

E se perdem no deserto do mundo...

As ervas murcham no momento preciso

E fervem o chá do tartamudo.

Este se perde no amor das miragens,

Ilusão das áridas Evas,

Alquimia de suas viagens,

Infusão das ácidas ervas.

Um dia virá do deserto de areia

Verá seu povo e sua Eva à espera.

Honrará seu nome, seu sangue na veia

Marcando a história de sua era.

© Walterbrios

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 30/11/2006
Reeditado em 06/12/2006
Código do texto: T305521
Classificação de conteúdo: seguro
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