Na ceia

Sirva a ceia,

farto-me dela ao saber que farta-se de mim!

Mumificado pela beleza,

Odiado pelo desejo,

Aqui, embriagado pelo líquido viking,

Contemplo, a mim mesmo,

às múmias que me cozerão!

Têm elas o mesmo destino.

Fim único a todos!

A união no um nos espera.

Será único o banquete,

Não adianta fugir!

O adeus, o ódio, o passado,

Serão sempre um, com presente e futuro.

Seja bem vinda ao sempre.

Saciada pela ceia regozija-se,

O sangue quase não me sobra nas veias,

Escorreu como lágrimas,

Temperou seu molho mórbido,

Hidratou seus vermes!

A pele e o osso me sobram,

O coração, ah, este...

Triste os que não o enxergam!

É grande, forte, sublime.

Possui os mais belos ideais,

O mais forte humanismo e...

O mais humano de tudo: o defeito persa!

Heródoto Poeta
Enviado por Heródoto Poeta em 01/07/2011
Código do texto: T3069665
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