Ondas

Bravas ondas quebram-se nas rochas,

e você a pintar,

uma moça de vestimenta branca

e na face uma expressão sem mágoa

com o vento a levar-lhe os cabelos

e a cobrir-lhe de areia,

o sol nada clareia

apenas põe-se na imensidão da vida;

no horizonte uma gaivota, tão sozinha e isolada

feito ti, que está a pintar;

na mente da moça, vê-se amarguar e resistência

diante o imenso desejo de amar.

O sol despede-se dando lugar a lua

e estrelas que entrelaçam destinos; uma névoa surge,

o mar se agita sob a fúria de Poseidon,

e você com seu dom de paralisar os instantes

retratando-os em uma tela

com seu pincel e aquarela, na areia da praia;

delicadeza de anjo, sob o poder de fera selvagem

trilhando viagem sem volta nesse mundo ilusório

no quadro da vida, quadro de nossa vida!

E uma mosca parasita sob nossas cabeças

deve ela pensar, como somos estúpidos

por tão longa vida ter, e tão pouco aproveitar!

Nika
Enviado por Nika em 01/12/2006
Código do texto: T307200