Olhos que não sabem contemplar

A forma é a linguagem que preferi.

Obscura. Apática. Calada.

Meus olhos estão habilitados nas proporções

Que se apresentam em cores, claridades e vultos

Volumes e espaços, repletos, desocupados

Agora algo se rebela, se constitui, se externa

Saindo de mim em sinais que se unem

Para exprimir a arquitetônica da alma

Lançando sentimentos, emoções

Se livrando, recebendo vida própria

Formando frases para traduzir aquilo

Que não tem possibilidade de ser contemplado

O som e os lábios ganharam dos olhos e do coração

É preciso clareza, pois os sentidos não experimentam mais

Os olhos apenas conseguem contemplar... vocábulos!

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 09/07/2011
Reeditado em 09/07/2011
Código do texto: T3085091
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