Tempo

E se nasci na época errada meus antepassados que me perdoem não

Mas grandes revoluções internas se criaram nas linhas do tempo aqui

E nas grandes navegações de minhas aventuras eu tenho dito lutei ali

Amordacei as labaredas de lágrimas que inundaram os oceanos azuis

Sobrevivência em terra de mentes fechadas a glória é para poucos sei

E as vielas de conversas abafadas transitam em meio às saias largas ai

Entorpecer no porão a bebida quente da modernidade do homem viril

Bebem grosseiramente as palavras de alguém que não se mostra vivo

De repente o silêncio daquela noite sorriu para as estrelas nostálgicas

Todos os corpos sujos audaciosos se fizeram de mercador tempestivos

A vida ali é apenas farol que guia os tripulantes desse navio de sonhos

Não se nasci mil vezes se nasci para o nada e para a existência de ser

Houve se um sonoro apito ao longe do corpo do mar dançando assim

As sinaleiras nos avisam que à hora do retorno é chegado em terra não

Há uma divisão entre o crepúsculo e o amanhecer nasceu o tempo fui

Libertem-se todos os viventes de todos os tempos recuados da história.