AO REI DAS FACES
Nunca conheci indivíduo mais fabuloso
Fenomenal é sua mente
Tenho sorte, pois esta tem notáveis ligações com a minha
Impossível é adivinhar pelo olhar o que está pensando
Seu silêncio me inspira
Seus textos alimentam meu intelecto
Um ser que como eu, idolatra a contradição
Um ser que como eu, se apaga na multidão.
Porém, apesar de sua complexidade.
Brilha quando está só
Engana aos hipócritas
Com sorrisos procedentes de uma falsa alegria
Para mim, é o mago da solidão.
Juntos, formamos um círculo de idolatria
Um paradoxo possível
Já que é o Rei das Faces
E eu, o Senhor da Tristeza.
...algum dia entre agosto e outubro de 2004.
(Retribuição a homenagem prestada por um amigo em um momento difícil. Hercules Oliveira, amigo de longas conversas e pensamentos profundos sobre a existência, com quem tentei fazer a vida caber em poesias, para que pudesse ser compreendida mais facilmente.)