Profecias de Perdição

Profecias de Perdição

Imagem entalhada em crespo e maciço cedro

Nevoa obscurecida pela maldade humana

Estatuas prontas a se perpetuarem a prisão eterna

Face sem semblante, sorriso sem cor, gargalhadas sem graça.

Porque es assim?

Perguntou um ser de tamanha insignificância

Que a menos poderia ser notado se não por

Um olhar de um microscópio atento

Indagou-lhe novamente

Porque es assim?

Esse ser de tão grande expressão pôs-lhe a responder

Quem es tu o ser promiscuo?

Es audacioso ao extremo

Sou filho de Zeus, agente de Hades ofertante das palavras de Prometeu

Viajo durante o tempo, atravesso Heras

Sou dono do acaso

E detentor da razão

Achas-te superiora mim, não é?

Trago-te sonhos, pesade-los, mensagens, profecias

Tiro-lhe vida, dou-lhe vaidade.

Tiro-lhe fôlego dou-lhe tristeza

Percoro meu caminho por tua existência

Pois sem você não teria sentido

Transponho-me por dentre a escuridão

Para dar-lhe luz

Pois bem, já me conheces

Tenho cumprido quase toda missão

Terminá-la-ei agora

Trago-lhe a mensagem final

E que o Olimpo o conduza sobre teu trajeto

Pois se não der meia volta

Teu olhar mais longo será tua cova

Morte!!!

Sergio Bicalho

Sérgio Bicalho
Enviado por Sérgio Bicalho em 04/12/2006
Código do texto: T308837