Profecias de Perdição
Profecias de Perdição
Imagem entalhada em crespo e maciço cedro
Nevoa obscurecida pela maldade humana
Estatuas prontas a se perpetuarem a prisão eterna
Face sem semblante, sorriso sem cor, gargalhadas sem graça.
Porque es assim?
Perguntou um ser de tamanha insignificância
Que a menos poderia ser notado se não por
Um olhar de um microscópio atento
Indagou-lhe novamente
Porque es assim?
Esse ser de tão grande expressão pôs-lhe a responder
Quem es tu o ser promiscuo?
Es audacioso ao extremo
Sou filho de Zeus, agente de Hades ofertante das palavras de Prometeu
Viajo durante o tempo, atravesso Heras
Sou dono do acaso
E detentor da razão
Achas-te superiora mim, não é?
Trago-te sonhos, pesade-los, mensagens, profecias
Tiro-lhe vida, dou-lhe vaidade.
Tiro-lhe fôlego dou-lhe tristeza
Percoro meu caminho por tua existência
Pois sem você não teria sentido
Transponho-me por dentre a escuridão
Para dar-lhe luz
Pois bem, já me conheces
Tenho cumprido quase toda missão
Terminá-la-ei agora
Trago-lhe a mensagem final
E que o Olimpo o conduza sobre teu trajeto
Pois se não der meia volta
Teu olhar mais longo será tua cova
Morte!!!
Sergio Bicalho