nossos caos
Humanos, animais loucos, maravilhosos
Genocidas, suicidas
Pensamos livrar o mundo da escória
nos livrando de nós mesmos
Detestáveis, adoráveis bailamos
entre a penúria e a fúria e se algumas vezes daninhos
perversos, imersos em dores fantasmas
Noutras, fantásticos navegadores!
Somos os navegantes, os homens orgânicos
herméticos
neuróticos
exóticos
Tão raros, tão caros
Tão tolos, tão ocos
Complexos
Perplexos
Penitentes, dementes
Chorando e sorrindo
Amando e parindo
Matando e mentindo
Criando nosso próprio inferno
quando pensamos que já sabemos pensar
sozinhos, somos assim, abdicamos do pai
e da mãe, do mentor
E a partir deste dia haverá um dia
bendito maldito dia, em que acordaremos
e o nosso mapa existencial colado na parede
há tanto, nem existirá mais
Estará tão modificado, não conseguiremos lê-lo
Todas as linhas acinzentadas, desaparecidas
Impossível identificar um trapiche, a parede
Estaremos completamente perdidos, à deriva
Haveremos então de criar novas coordenadas
novos itens para nosso próximo caos
Existencial
Ou isto ou a morte!