A NATUREZA CHOROU POR TI


A tarde, contemplando a tua tristeza,
Ordenou ao sol que parasse de brilhar
Ele, em toda sua realeza,
Aceitou o pedido, não quis mais iluminar.


A noite chegou tão envergonhada,
Pois em seu manto reluziam estrelas
Sabendo da angústia, em ti gerada,
Apagou uma a uma, sem ofendê-las.


A aurora, contigo, muito chorou,
Vendo a dor em tua face refletida.
Amanhecendo, ao sol não acordou,
Em protesto a tua mágoa dorida.
Pediste á chuva que chegasse
E que a esse amor, finalmente,
De teu âmago, para sempre, lavasse,
Posto que fosses feliz novamente!