Poema sem peso

De plumas vou compondo este poema

De plumas, de bolhas de espumas

Que é para ele não pesar

Às caricias do vento

Que mais tarde o vem buscar...

Vou colocar aqui também

Um pouco de Tempo

Que é para ele ter paciência

E esperar o querer-bem

Que deve ir entre

Essas coisas que leva,

Que é para ele, com isso,

Tocar no rosto de alguém...

Neste poema não vai segredos

Nem nada que pese por demais,

O que ele leva não pode ter peso,

Essas coisas que a vida nos traz,

Isso tudo vai ficar,

Porque este poema deve ser livre,

Livre como não posso ser,

Em lugar nenhum ele vai ficar,

Porque ele é feito de brumas,

De quimeras que estou a sonhar,

Coisas que se desfazem diante do olhar...

Este poema tem o seu cerne vazio,

Nem palavras ele tem,

É uma coisa que ninguém viu,

Mas que sabem o sabor que tem...

Sebastião Alves da Silva
Enviado por Sebastião Alves da Silva em 18/07/2011
Código do texto: T3102391
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