Caminhos da Vida

Digas-me que és feliz

E baixarei meus olhos...

Digas-me que não sonhas

E calarei minhas palavras...

Digas-me que caminhas por terrenos floridos

E deixarei minhas mãos em meus bolsos...

Digas-me. Apenas digas-me.

Faças das palavras

Escrituras morais de plenitude humana.

Faças dos sorrisos

Demonstrações explicitas de uma alma que saltita.

Faças dos olhares

A forma de convencer que és feliz!

Caminhes por ruas desertas, na penumbra da madrugada,

Sem ao menos ecoares um “socorro” que seja...

(mesmo em pensamento)

Mergulhes pelas profundezas escondidas em grutas d’alma

Sem nem sequer estenderes as mãos ao alto

À espera de mãos que te devolvam o ar.

Caminhes com as próprias pernas

E ecoes aos quatro ventos

Que não necessitas mais de auxílio

Que és auto-sustentável!

Talvez tu consigas.

Talvez te afogues dentro de ti mesmo.

Ou talvez sufoques tanto

Que acabe por viver assim,

Um quase-viver...

Única e simplesmente por medo

De gritar “preciso de você”!

Caminhos da vida...

HELOISA ARMANNI
Enviado por HELOISA ARMANNI em 19/07/2011
Código do texto: T3104314
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.