DESTINO CIGANO

Não sou abelha em busca de mel

Mas na flor da tua boca colho o néctar doce.

Minha alma é cigana

Padeço da enfermidade das cigarras

Vivo a cantar para espantar meus desenganos.

Minhas noites são leves

A brisa é serena

O sono profundo...

Só acordo quando o sol veste o manto e reina impávido.

A presença de amigos ausentes

Não compartilha da alegria que transborda do coração.

Dizem que sou irresponsável e sonhador:

Tal qual criança.

Antonio Virgilio Andrade
Enviado por Antonio Virgilio Andrade em 04/07/2005
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