Gostos amargos de saudades bobas

Há tempos não escrevia meus gostos amargos de saudade.

Ora, bem sei que tarde demais nunca é.

Quero a liberdade de uma vida tranquila que há tempos não me visita.

Apenas quero a maldita presença que me falta.

Não almejo tais detestosos fins destes romances,

almejo não sentir saudade.

Ora, que coisa sarcástica a palavra saudade.

Tenho este sentimento profano,

mas tenho saudades nunca matadas,

amores nunca existidos e cartas nunca enviadas.

Detesto estes quilômetros que compõem o distante.

Em mim não cabe tal saudade.

A falta que me faz é tão grande quanto a saudade que sinto.

Ao menos soubesse eu,

destruir tamanha distância que traz a dor das saudades,

jamais diria adeus e constante diria eterno,

Escreveria sempre um novo enredo e um final nunca acabado chamado saudade.

Marinara Sena

23:56

19/07/11

Marinara Sena
Enviado por Marinara Sena em 20/07/2011
Reeditado em 03/10/2012
Código do texto: T3106146
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