DEPENDE DA MINHA MÃO

O meu conforto

Não depende do meu porto.

Depende da minha mão

Sobre minha cabeça

E de uma luz

Sobre o meu coração.

De uma verdade a mim.

Por mais que pareça uma cruz

Por mais que pese

Por mais que seja carmim

Até que a liberdade cresça

E eu pese tudo assim,

Assim com uma paciência

Que eu ainda não tenho

Para agüentar tudo aquilo,

Aquilo que transforma minha vida

Na devida proporção.

Sentir a dor da minha ferida.

Não que eu queira que ela exista,

Mas tratando-a,

Aliviando-a com minhas mãos,

Aprendendo a valorizar o que antes não doía

E eu fingia que não sabia.

Agora nasce algo em mim.

Talvez seja o porto

Em que eu precise desembarcar

E achar o meu conforto.

Mas tudo depende da minha mão

E da luz sobre o meu coração.

WalterBRios

15/9/2006

Walter BRios
Enviado por Walter BRios em 06/12/2006
Reeditado em 06/12/2006
Código do texto: T310937
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