DEPENDE DA MINHA MÃO
O meu conforto
Não depende do meu porto.
Depende da minha mão
Sobre minha cabeça
E de uma luz
Sobre o meu coração.
De uma verdade a mim.
Por mais que pareça uma cruz
Por mais que pese
Por mais que seja carmim
Até que a liberdade cresça
E eu pese tudo assim,
Assim com uma paciência
Que eu ainda não tenho
Para agüentar tudo aquilo,
Aquilo que transforma minha vida
Na devida proporção.
Sentir a dor da minha ferida.
Não que eu queira que ela exista,
Mas tratando-a,
Aliviando-a com minhas mãos,
Aprendendo a valorizar o que antes não doía
E eu fingia que não sabia.
Agora nasce algo em mim.
Talvez seja o porto
Em que eu precise desembarcar
E achar o meu conforto.
Mas tudo depende da minha mão
E da luz sobre o meu coração.
WalterBRios
15/9/2006