Ainda que
E se me vier buscar
além da estrada de terra
dos galhos negros sob o céu escarlate
após a curva da rocha
pouco além do rio revolto
e bem próximo a redoma de pedra
Nâo me encontraria
E se me esperasse ver
Com a cabeça entre os joelhos
escutando sussurros do lamento
a misturar-se ao ruído do campo úmido
fechado em folhagens foscas
Ou ainda que me buscasse com olhos amenos
e uma pena entre os dedos
Na hora de profunda solidão
Quando se busca
palavras no íntimo,
a sofrer humilde a dor do corte
Não me veria
E além de qualquer estrada
qualquer martírio
E ainda de qualquer palavra
e natureza inexpressivel
Se para mim foi
e há muito
Assim
baixando os olhos para a infelicidade
Abraça o que lhe cai do céu
Quanto a mim
o que nutre a folha