Previsões



Espero-te pelas tardes vindouras
Em que o sol se apazígua e se guarda
Em silêncio mágico e ancestral
Para, mortais, nos receber.

Espero-te em vindouras noites
Em que a lua não fria
Prateia e quase embranquece o infinito
Maleando dos teus olhos desinibidos
Esse brilho
Que me atinge e respalda.

Quero-te em novas luas
Em constelações nascentes
Em estrelas dispersas,
Em mantras transcendentes
E alegrias, todas joviais.
Quero hoje, pois do amanhã não se sabe.
E o antes já não existe.

Quero-te em nuvens transparentes e deslizantes
Que é quando o firmamento te seduz
E teus olhos se prendem infindos
Ao exalarem-se em contínua espera.
Pelo que nos virá tão belo e pacífico.

Virá para nós numa expectativa voraz
De displicência audaciosa
De que o tempo se enterneça e nos absorva
De que o tempo nos guarde em seus infatigáveis braços,
Dessas nossas faltas. Desse nosso não ter
E ainda assim, querer com todos os anseios.

E que sejam rápidos os desígnios do tempo.
Que todo o movimento se cumpra sólido
Para que enfim nos tornemos
O esperado para sempre, de sinônimo definitivo
Que sempre tem em seu leito a poesia
Que descansa e indubitável retorna
A um mesmo princípio.
O título da vida.



***imagens google***






AndreaCristina Lopes
Enviado por AndreaCristina Lopes em 27/07/2011
Código do texto: T3121464
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