A MORTE FELIZ
Saudade ancestral
De um tempo que não vivi
Uma melancolia...
Uma paz mórbida...
...Deixar-se lagartear ao sol, na areia
Não pensar em nada
Apenas sentir
Sentir o sangue correr dentro das veias
Sentir o ar enchendo os pulmões devagar
Sentir a bomba pulsar firme
Sentir-se bicho e máquina
Sentir-se corpo e alma
Sentir-se homem e deus
Sentir-se nada e tudo
Sentir-se único e parte
Sentir a vida
E depois desligar-se
Virar um poema
Virar saudade