Garimpar-te assim:

Meio tonto e meio torto...num caminho que vejo plano,

como pano sêda.

Setím em lençois de sangue azul.

Blues, dança que embala meus sentimentos;

Pobres-ricos.

Garimpar-te em mim:

Nobres ventureiros,

No capím da sorte mãe.

Minha alma,

Minha cor,

Meu machado,

Minha régua e

minha mente-chupadeira.

Minha dose, meu conhaque,

meu riso e minha alma hoje um pouco triste.

Meu garimpo protetor;

De cor, pai e pés descalços.

Na serra pelada nada-alma;

Minha dose,

Minha droga,

Meu erro,

e minha triste mina...

Minha menina.

Minha filha que não veio ainda.

Meu setín de tristes cores.

Meu anél que se perde.

Meus risos,

Meus grilos,

e meu colchão,

no chão. A não.

Posto sob o céu do meu garimpo-garimpeiro.

Clayton Freitas Morais
Enviado por Clayton Freitas Morais em 07/12/2006
Reeditado em 08/12/2006
Código do texto: T312270
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