Garimpar-te assim:
Meio tonto e meio torto...num caminho que vejo plano,
como pano sêda.
Setím em lençois de sangue azul.
Blues, dança que embala meus sentimentos;
Pobres-ricos.
Garimpar-te em mim:
Nobres ventureiros,
No capím da sorte mãe.
Minha alma,
Minha cor,
Meu machado,
Minha régua e
minha mente-chupadeira.
Minha dose, meu conhaque,
meu riso e minha alma hoje um pouco triste.
Meu garimpo protetor;
De cor, pai e pés descalços.
Na serra pelada nada-alma;
Minha dose,
Minha droga,
Meu erro,
e minha triste mina...
Minha menina.
Minha filha que não veio ainda.
Meu setín de tristes cores.
Meu anél que se perde.
Meus risos,
Meus grilos,
e meu colchão,
no chão. A não.
Posto sob o céu do meu garimpo-garimpeiro.