MINHA CASA

   Minha casa há de ser numa colina
   Toda verde e cercada de rosas.
   Canteiros por todos os recantos,
   Avencas, rosas e jasmins
   Rodeando meu verde jardim
   Darão frescor à minha casa,
   E perfume e cor e encantamento
   E há de dar abrigo a quem ali pousar.
   As portas estarão sempre abertas
   Convidando a felicidade a entrar.

   Minha casa não há de ter gaiolas.
   Os pássaros voarão em liberdade
   Numa algazarra travessa e feliz
   Com os colibris beijando as rosas
   E as andorinhas amando nos beirais
   E brincando em vôos razantes
   Alegrarão o jardim da minha casa...
   E à tarde, quando vier a primavera,
   A alegria e a felicidade
   De mãos dadas com minha sensibilidade
   Brincarão de roda na grama verde,
   Voarão na gangorra à sombra da mangueira,
   Cantando baladas ternas e românticas
   A inundar meu jardim de luz e poesia...

   Minha casa há de ser numa colina
   Toda verde e cercada de rosas.
   Há de ter um riacho cantando
   Que traga lendas de onde vem passando
   E cujas gotas irizadas e doiradas
   Pelo sol da manhã, tragam alegria,
   Frescor e mil matizes
   Às rosas e à grama do jardim.

   E quando à noite, sob a chuva de verão
   Minhas rosas soluçarem ao som do vento,
   Chorarem gotas despencadas pelo chão,
   Eu lhes direi baixinho, da varanda,
   Que aguardem a brisa da manhã
   E o afago carinhoso com que ela beija as rosas
   E as acaricia com sua mão de luz
   De orvalho, de frescura, de amor...
   E elas sorrirão, eis que rosas não choram,
   Rosas perfumam, alegram, inebriam.
   E em minha casa, que há de ser numa colina
   Toda verde e cercada de rosas,
   Não haverá lágrimas, tristezas e nem dor,
   Tudo será verde, colorido, leve, manso,
   Com a esperança a brincar por todo canto.

   Minha casa há de ser numa colina
   Toda verde e cercada de rosas...

 



Linandre
Enviado por Linandre em 31/07/2011
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