Detalhes imprecisos
Ainda sento na mesma mesa todos os dias.
Olho pela mesma janela onde avisto algo perto,
pouco longe, liberdade.
Tenho palavras as vezes claras,
poucas vezes monótonas.
E sim, é verdade,
ainda penso nas mesmas coisas,
com os mesmos tempos e com os mesmos compassos.
Continuo com as mesmas manias matinais,
acordar e respirar o sol.
Que sempre meus frios sejam regados por raios quentes.
Que nunca me tome conta fazer parte de uma frieza fútil.
Que minhas lágrimas sempre lavem as dores sofridas em vão.
Quero a vida assim...
Do mesmo jeito e modo que aprendi a superar tais atrasos e controvérsias.
Gosto dos meus jardins secos matinais e dos meus sussurros pacatos, mansos, calminhos e frígidos.
Talvez não precise mais chorar por tais perdas ou tais nunca pertencidos almejos.
Quero viver.
Não importa quando, onde e como.
Sempre verei o sol brilhar, assim como sempre pensarei nas mesmas coisas, nos mesmos dias e nos mesmos choros.
Apenas o sol brilhará todas as manhãs, basta encantar-se.
Marinara Sena
01/08/2011
13:51