Suponho que morro.

 

 

Já nem eu suponho o amor que lhe tenho

o temor que devasta a minha noite

quando em teu perfume de frutas e flores,

a tua falta me assusta

 

já nem eu suponho o sentir que sinto

Assim maior que tudo e toda aurora

e toda alvorada,

Em toda estrada já não suponho caminhar sem ti.

 

 

Me pareces maior que a lua e mingua-me a poesia

Se deparo-me só, sem tua mão a acariciar a minha

e nem todo o deserto é maior que a secura e a boca

As palavras nela se apoucam em tua ausência

 

Nem canto, nem quase já respiro e repito

ao peito que se aquiete, mas é mistério

que não suponho, sentir-me assim sem ti

tão incompleta e dividida e rouca

Cristhina Rangel
Enviado por Cristhina Rangel em 02/08/2011
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