água
Estou a sombra que não se esconde
Estou à sombra de mundos prontos
Sou um espelho torto, não reflete!
Faço-me, desfaço-me, refaço-me
E aqui vou eu, novamente paralisada
Partindo para o meio do nada!
Pode ser efeito deste frio zero grau
Protejo-me do excesso de luz que cega
Lá não é ruim, menos a travessia, é desumana!
De doer o corpo até os ossos
E na alma o pranto silencioso, a distancia
Dizem ser assim entre seres paralelos!
Tal sentimento será veneno ou alimento
Impossível ir, mesmo não estando mais aqui
Sem falar coisa com coisa, sem sorrir!
Até os pássaros silvestres migraram
Vai ver foram tomar o sol norte
Ficamos eu e os pombos à sorte, perambulando!