água

Estou a sombra que não se esconde

Estou à sombra de mundos prontos

Sou um espelho torto, não reflete!

Faço-me, desfaço-me, refaço-me

E aqui vou eu, novamente paralisada

Partindo para o meio do nada!

Pode ser efeito deste frio zero grau

Protejo-me do excesso de luz que cega

Lá não é ruim, menos a travessia, é desumana!

De doer o corpo até os ossos

E na alma o pranto silencioso, a distancia

Dizem ser assim entre seres paralelos!

Tal sentimento será veneno ou alimento

Impossível ir, mesmo não estando mais aqui

Sem falar coisa com coisa, sem sorrir!

Até os pássaros silvestres migraram

Vai ver foram tomar o sol norte

Ficamos eu e os pombos à sorte, perambulando!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 03/08/2011
Reeditado em 11/08/2011
Código do texto: T3137007