Ele era o oleiro, barro eras tu
A maldade humana
Sempre espreita ao seu lado
Procurando um caminho por onde andar
Você abre a porta sem saber e sem pensar
E ela rouba o seu olhar
Você se deleita em seu devaneio
E o que era fresta, tomado está
Onde era amor, amor não há
Apenas a lascívia no seu olhar
Mas não sabes a dor que teu peito jamais viverá
Porque em outro peito está a chorar
O amor que do próximo em ti
Deveria de estar
Então perceberias a sombra
E perto de ti não deixaria entrar
Do alto eu te vejo
Sempre pensando que não existirá amanhã
E que sombras jamais cobrirão a sua casa
Conjugastes todos os amores
Que um corpo pode dar
Mas não viste que era vidro e quebrado está
Tivestes em sua vida
Compreendido algo do amor que se dá
Tu serias barro e no fim do seu dia
Se uniria ao pó da estrada
Com a grata alegria de ter se tornado o barro
Que o oleiro quis forjar
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06-08-2011