bandeiras

Cheia de viver sob pressão fui ser normal

Depilei pelos, furei orelhas, andei sobre saltos

Montei empresa, casei-me com a igreja

Ousei questionar, a fé não me coube!

Tentando ser normal resolvi não parir, parar de rir

Voltei à escola, escolhi estudar história - humana -

Eu vi, o problema não é em mim, desisti

Vim ser poeta na vida, a poesia cabe tudo!

Não me coube, é pouco isto de ficar no meio do mundo,

pegar estrada - elas as estradas sempre vão dar

no princípio delas mesmas - resolvo sair, errar as trilhas

quebrar o salto e a empresa, viver solteira!

Assim, sem eira nem beira, de um jeito estranho

ser um pouco mais livre, ter o mundo sem deixá-lo

tomar posse da minha alma, é duro eu sei, mas é melhor

que o resto, que nada, porque nada sou eu!

Suzane Rabelo
Enviado por Suzane Rabelo em 08/08/2011
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T3146759