TEXTURAS

Deslizo os dedos na pele da memória.

Carinho é bom!

Quando não se sente o colo

e os pés tocam o solo,

sair é bom!

Deslizo os dedos nos pêlos do pensamento

Saber é bom!

E, quando chega o silêncio

pelo falar desatento,

calar é bom!

Bom é saber-se no elemento,

sentir-se em casa,

compreender o outro tom.

Compreender o som de dentro

saber que há Sol e neon.

Quando a clareza aflora

a incerteza vai embora,

a delicadeza vem e mora,

e tudo flui como um rio,

e tudo mais é macio,

e tudo mais fica bom!

D.V.

08/2011

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