.agosto.

[e quem quiser que não entenda. e quem quiser que leia pensando na essência. não tem nada demais aqui. são letras que formam palavras. são palavras colocadas no meio de frases infelizes. sou eu. ou seria. onze horas de um dia ímpar]

nasci sem profundidade.

sou rasa por medo de me perder.

no espaço que a gente chama de vazio.

no lugar que a gente entende ser inóspito e sombrio.

mas tenho coragem.

de madrugada.

de olhar pela janela embaçada.

desenhar com meu dedo.

o meu desejo de nada.

de coisa alguma.

de ser vã depois das horas passadas.

Ana Maria de Queiroz

09.VIII.2011

"

Te desejo uma fé enorme.

Em qualquer coisa, não importa o quê.

Desejo esperanças novinhas em folha, todos os dias.

Tomara que a gente não desista de ser quem é por nada nem ninguém deste mundo.

Que a gente reconheça o poder do outro sem esquecer do nosso.

Que as mentiras alheias não confundam as nossas verdades, mesmo que as mentiras e as verdades sejam impermanentes.

Que friagem nenhuma seja capaz de encabular o nosso calor mais bonito.

"

Ana Maria de Queiroz
Enviado por Ana Maria de Queiroz em 09/08/2011
Código do texto: T3148936
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