BUSCA INCESSANTE

A vida me entediava

não sabia qual a razão

eu sentia o mundo girando

num viver sem emoção.

Uma vida solitária

sem foco

sem meta

sem direção

apreciando a natureza

minha única inspiração.

A juventude vivi

sandálias nos pés

mochila na mão

as vestes mais pra molambo

do que estilo ou inovação.

Dos cigarros não larguei

nem tentei a diminuição

dos papelotes que aspirava

quando em mim doía a solidão.

Das crises da abstinência

prefiro nem lembrar

eu chorava como criança

pensava até em me matar.

Mulheres... deixei pela vida

até um filho em gestação

sentindo que precisava

prosseguir na perigrinação

numa busca incessante

que nem mesmo eu sei do quê,

mas que eu precisava dela

como razão para viver.

Analisei alguns valores

outros jamais questionei.

Se houve erro em minhas escolhas

a ninguém eu disse

Só eu sei!

Suely Sousa
Enviado por Suely Sousa em 10/08/2011
Código do texto: T3151836
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