Ao vento

O medo me cega, me desvia o caminho, me ludibria, sufoca minha dor

Chegando a me dobrar diante da efêmera imagem da minha infiel conduta, sem disputa, negando tudo eu vou.

Carregada de pensamentos mórbidos, inóspitos céticos de se vê.

Tentativas de rever os erros me levam a loucura a insanidade a me sufocar, sentenciar.

No cortejo das minhas dúvidas revejo a minha loucura, minha doce cura, perdida no que me restou.

Flores jogadas ao vento, sopros ainda forjando a força que me faltou

Mascarando os anseios ja perdidos pelo tempo

Vou seguindo, sem vencer, destituído o sopro que restou.

Não chego a lugar nenhum, sem medo sem desculpa, sem conduta, sem resposta ao que passou.

Edeneide Xavier
Enviado por Edeneide Xavier em 11/08/2011
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