Maldade

Na gaiola havia um pássaro amarelo

Que, a cada bicada no farelo, emitia um canto plangente!

Que aprontaste bípede emplumado,

Para ficar aí trancafiado?

Por que apesar do castigo,

Ainda canta, ser inocente?

Imagino que por saudades da amada

Ou da prole que deixou na relva

Mas, diz o Homem:

Dou-lhe água e comida...

Porém, isto não ameniza a crueldade,

Nem lhe exime do pecado

Pelo desprezo à vida.

Valmari Nogueira
Enviado por Valmari Nogueira em 11/08/2011
Reeditado em 08/02/2017
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