RUÍNAS
Sombras da noite vagueiam sob a luz da lua
Frio intenso sente a mulher cambaleante
A existência a percorrer errante
Sem nada, desvestida de si mesmo, nua.
Ruínas de um presente de escombros
Vestígios de um passado de glórias
Multidões, sons, imagens, vitórias
Então explosões, silêncio, vazio, estrondos.
Lua no firmamento sob as nuvens escondida
Caminhos rotineiros num previsível vazio
Mulher que caminha retirante sem desvio
Rota invisível, trilha a construir, perdida.
Esconde-se, se mostra em faces várias
A conhecer se dá ou se esconde
Percorre estradas, lugar qualquer, onde
Chegar ao cume, estradas tantas, solitárias.