Quando me calo (Por quem se cala com medo, aqui vai um protesto!)

Quando me calo é muitas vezes, o momento em que mais alto eu falo

Pois meus olhos gritam o que os lábios não ousam falar

Olhar atento, inquieto, observador

Que não se intimida diante do opressor

E então do peito entra em erupção

Toda a mágoa, revolta, indignação

E não cabe mais o silêncio sob coação

Pois eis que brota do fundo do coração

A coragem de guerreira

Lutando pela libertação

E a reviravolta que ocorre de repente

Causa muito espanto a toda gente

Há muito sangue correndo nessa veia

E o grito preso eu vou soltar:

Não se atreva a querer me calar

A boca é minha, eu decido o que falar!

Erika Namastê

Rio,13/08/2011