Vias

Por fim, a autonomia!

Duas vias foram desenhadas

Posso contemplá-las daqui, do nível superior

São estradas curvilíneas, defeituosas

De vida transbordante, onde as plantas ainda são vistas aqui, acolá

(Que palavra mais incomum! - acolá - poderia mesmo ser o nome de uma fruta Suculenta, de cor vermelha, casca rugosa, azeda.

Não! Isso já existe e se designa morango)

Por mais que eu queira, não estou voando...

Vejo tudo com as condições da fantasia

Flores nasceram onde as vias se entrelaçaram

Talvez tivessem brotado por razão de um sentimento que ali houve

Num canto, sob uma árvore imensa, um assento posto de lado

Representação dos minutos que se foram

Noites, madrugadas.

Longas trocas de palavras caladas.

Vontades.

Impossível voltar no tempo.

Tudo vive, neste instante, na recordação.

A partir daquele ponto,

Somos linhas paralelas.

E tudo é como tem que ser.

Tatiane Gorska
Enviado por Tatiane Gorska em 14/08/2011
Código do texto: T3160119
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