A gaveta do poeta

Ao poeta foi permitido

A magia de ver o invisível.

Põe sua idéias e emoções

Dentro de uma gaveta qualquer,

Sem chaves, sem trancas, sem medos

E deixa que a abram.

Só ele sabe o tesouro que guarda,

Os outros o chamam de louco

Por acharem a gaveta vazia,

Mas dela, saem sonhos dourados,

Saudades distantes...

O poeta em sua gaveta guarda até o tempo,

Guarda estrelas, flores,

Guarda até mesmo pensamentos.

Na gaveta do poeta estão guardados

O silêncio, a saudade, ilusões,

Até versos ainda não escritos...

Nela o poeta guarda todas as palavras,

Ainda que em desordem,

Mas sabe busca-las quando precisa,

Sabe onde está cada uma delas,

Por vezes nem é preciso abrir totalmente a gaveta.

Muitos e muitas vezes perguntam se ela é mágica,

Por caber ou guadar tanto...

Outras, por não conseguirem vê-la, coitados!

Acham que não existe. Entretanto

Há momentos, que até mesmo o poeta

Não consegue abri-la, em outros

Seus guardados saem tão efusivamente,

Quase que fugidos, e lá vai o poeta

Busca-los lentamente no tempo,

Como o passado, uma saudade antiga, o silêncio,

E por vezes, até o homem que guarda

O próprio poeta.

E assim ele guarda seu tesouro

Em uma gaveta que alguns acham que não existe,

Outros acham que é magica,

E só mesmo o poeta sabe abri-la,

Com um simples toque de coração,

Ou talvez de ... saudade.

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jose joao da cruz filho
Enviado por jose joao da cruz filho em 15/08/2011
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