O nascimento...
O pensamento vagueia pela mente
Não é apenas um mero sonho
Da realidade dos viventes
É o começo das primeiras
Palavras remoendo
No interior de uma
Alma sedenta
Por revelação
É o poeta escrevendo,
Lendo, refazendo, tecendo...
É mais uma poesia nascendo
É o poeta com o corpo ardendo
Gemendo, satisfazendo...
O seu desejo instintivo
De revelar o seu dom
Em um simples pedaço de papel
Que uma alma sedenta por explosão
Não pode mais segurar os sentimentos
ali contidos...
E que só ele como oleiro
Que dá forma ao barro
Tirando dele os mais belos vasos
Pode criar e nos mostrar as maravilhas da vida
Satisfazendo o nosso desejo de interpretar
Aquilo que a nossa alma e o nosso coração
não podem falar