BRUMA E HOMEM

Um velho barco se desponta breve

sobre a baía.

A bruma e o homem se debruçam alvos;

arrimo e luminária.

Ante ao desmantelo desse cais de sonhos,

antes das falas, do suor, do caos,

um silêncio se estende hirto

sob a neblina, sobretudo; sobre tudo.

Que pena que amanhece!

Bruma e homem se dispersam

vagarosamente

do gris inapreciável da paisagem.

Sabe-se lá, amanhã, outro poema!

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 06/07/2005
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