UMA HISTÓRIA

MOR

Pedi a um analfabeto

Para escrever uma história.

Sou o tal de Beto

Meu saber é de memória.

Nunca aprendi escrever

Assino com o polegar.

Na hora de me defender

Minha caneta a usar.

Nunca na escola lá entrei

Tudo aprendendo sozinho.

Nesta luta sempre me salvei

Em escutar meu vizinho.

No mato sem professor

Na pobreza que vivia.

Meu pai lavrador

O que produzir comia.

Num pedaço de terrinha

A família ali vivia.

Pequena tosca casinha

Da viola a cantoria.

Nas noites de lua cheia

Naquela casinha.

Pelas frestas já clareia

Ao som da violinha.

Minha história é curtinha

É o que tenho na memória.

Vivendo nesta terrinha

Um dia receberei minha glória.

São José/SC 18 de agosto de 2.011.

morja@intergate.com.br

www.mario.poetasadvogados.com.br

Asor
Enviado por Asor em 18/08/2011
Código do texto: T3167281