Mapa vivo da imperfeição
Restícios brutos do meu ser
Infortúnios do meu próprio ego
Livre arbítrio alcantilado
O passado que não nego.
Em feridas expostas ao tempo
Meus defeitos sobrevivem.
Se curando ao ar do amor
Ou se agravando em raízes.
Ora ou outra corre sangue
Lágrimas do coração
Vergonha pura e dolorosa
Pecado ardente em ebulição.
Raramente há cicatrizes
E se há, a pele é fina.
A pureza nos meus olhos
É tão frágil quanto a neblina.
Sou eu mesmo, ser humano
Vida e morte em acumulação
Esperança da vida eterna
Mapa vivo da imperfeição.