Mapa vivo da imperfeição

Restícios brutos do meu ser

Infortúnios do meu próprio ego

Livre arbítrio alcantilado

O passado que não nego.

Em feridas expostas ao tempo

Meus defeitos sobrevivem.

Se curando ao ar do amor

Ou se agravando em raízes.

Ora ou outra corre sangue

Lágrimas do coração

Vergonha pura e dolorosa

Pecado ardente em ebulição.

Raramente há cicatrizes

E se há, a pele é fina.

A pureza nos meus olhos

É tão frágil quanto a neblina.

Sou eu mesmo, ser humano

Vida e morte em acumulação

Esperança da vida eterna

Mapa vivo da imperfeição.

Cisco
Enviado por Cisco em 18/08/2011
Reeditado em 18/08/2011
Código do texto: T3168165