"A-lo-pra-da!"
Fiaste-me uma mortalha grosseira
De preconceitos raciais
Não vês que não me serve?
Leste-me todo um rosário
De humanas morais
Não vês que não me adapto?
Sonhastes um sonho por demais angelical
Não percebes que é o teu sonho?
Acusaste-me portador de frieza sem igual
São assim tão frias as minhas verdades?
Ou serei eu assim tão frio
Por ser unicamente escravo
De minha liberdade?
Não
Não se ponha a tergiversar
Do por quê, ante a minha recusa
Prostrei-me imóvel
Uma pessoa estática
Isso não importa
Isso não é nada
Se queres chegar-se a mim
Venha como uma pessoa inteira
Completa e unificada
Ou quando puder ser
Ao menos uma palavra
Jamais como uma sílaba solta
Vazia de sentido, desconexa
Leia o título: " ... "