DA LUA QUE NOS ASSISTIA
Era do telhado que a Lua eu mirava.
Nós dois no telhado, a Lua nos admirava.
Do telhado para a Lua voavamos!
Lá no telhado a Lua nos abençoava
e sua clara Luz sobre nós derramava
e nossos corpos, assim, batizava.
Nossa morada Ela prateava
com seiva nos inundava
visitando a nossa pele reluzentemente entrelaçada,
nossa alma alada de porta escancarada.
Saudade da nossa cama no telhado!...
nossa cidade iluminada...
Saudade do cheiro da nossa beleza, nossa leveza...
das nossas auras matizadas de Lua;
das nossas retinas nuas, enluaradas.
D.V.
08/2011
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