Não era pra ser uma carta de amor

Nunca abandonei a escrita

Nem tão pouco as lembranças que tenho de ti

As recordações não se aprisionam em tinta e papel

E nem se perdem no passado

Paixão, Lágrimas e dor

Tão erroneamente nos tratamos

Tão, o quanto, sempre me vem e;

Carregam-me pelos braços para onde não quero voltar

Fomos tão complexos quanto rio em um contexto errado

Pois hoje mesmo quando rio, logo me vem à dor e a lágrima

Cansei de querer te esquecer

Momentos felizes se foram

E esse rio não carrega a minha dor

Sei que é ele quem abastece as minhas lágrimas

Talvez a minha análise sobre ti, tenha sido;

Tão morfológica quanto os meus sentimentos

E tão sintática temendo essa dor

Dor que não consigo mostrar-te

Pois as lágrimas sem cor nunca borram a folha de papel.

Ferdinando Tropick
Enviado por Ferdinando Tropick em 19/08/2011
Reeditado em 21/09/2011
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