O silêncio que me basta

E eu me calo...

Me calo pois agora a minha voz é tormento,

diz o feio, desce do salto.

Calo a voz, engulo o choro e saio fora...

(não de mim, mas fora de ti, do mundo, de tudo.)

Meu grito seria revolta, soaria trovão.

Meu choro seria chuva, tempestade, furacão !

Lábios fechados, mãos em ação.

Tenho as letras, meus versos e lá ao fundo,

o toque de uma canção

Sou ventania que se acalma num instante.

Se calo o som da voz, não calo o do coração.

Charlyane Mirielle
Enviado por Charlyane Mirielle em 19/08/2011
Reeditado em 19/08/2011
Código do texto: T3170037
Classificação de conteúdo: seguro