RASTROS DE POESIA
O rio agita as sergipanas águas.
Ébrio, o mar ressaca.
Gaivotas sobrevoam o frenesi das ondas,
E a praia, que o vento acaricia,
Deixa na areia rastros de poesia.
Com ciúme, o Sol se enche de mágoas.
Vendo o navio que no cais do porto atraca
Diz a um marujo: "Ó gajo, me respondas,
Serão da Lua os rastros? Serão dela?
Ou a areia gravou os passos de Florbela?"
Engana-te, rei Sol! Vem para vê-la.
Camões assim pensou da Trapobana
De Anarda ser os rastros dessa estrela
Que o mar confunde ao vê-la lusitana
E o rio sabe que ela é sergipana.
O rio agita as sergipanas águas.
Ébrio, o mar ressaca.
Gaivotas sobrevoam o frenesi das ondas,
E a praia, que o vento acaricia,
Deixa na areia rastros de poesia.
Com ciúme, o Sol se enche de mágoas.
Vendo o navio que no cais do porto atraca
Diz a um marujo: "Ó gajo, me respondas,
Serão da Lua os rastros? Serão dela?
Ou a areia gravou os passos de Florbela?"
Engana-te, rei Sol! Vem para vê-la.
Camões assim pensou da Trapobana
De Anarda ser os rastros dessa estrela
Que o mar confunde ao vê-la lusitana
E o rio sabe que ela é sergipana.