Labuta

Pega a caneta poeta,

E escreve a tua maior cantoria.

Bebe do suco das folhas mortas

Que hoje incendeiam a noite,

Mas, ontem, banhavam-se à luz do dia.

Vá, não espere!

A sede das letras te tortura,

Louvando a tua existência,

Dando vida a tua loucura.

Vamos! Não vês que o verso

É o anverso da tua alma?

Ah! um poeta antigo

Ressuscitará nesta noite maior...

Escreve hoje a tua maior alegria.

Poeta, nascestes de mulher nenhuma.

Louco, és filho da poesia!

Alexandre Lettner
Enviado por Alexandre Lettner em 30/08/2011
Código do texto: T3191630
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