GUERREIRO
Na fogueira todos dançam
O tambor chama, o maracá acompanha.
Curas diversas, consagração...
Bendição, luz solicitada.
Guerreiros na dança prontos pra guerra em volta do fogo.
Meus medos querendo me derrotar
Escuridão de minha alma em labirintos misteriosos.
Fraquezas expostas, eu um menino chorão.
Ouso olhar, encaro... Minhas lembranças, meu passado...
Redescubro-me, desfaço a posição fetal.
Firmo meus pés no chão
Meus ombros arqueados ficam eretos
Meu peito estufa... Respiro fundo, trinco os dentes.
Levanto a cabeça, olho de cima, me igualo aos grandes.
Meus olhos secam as lagrimam corriqueiras e constantes.
Sou reconhecido e saudado por todos
Na fogueira toda tribo dança em minha volta
Encaro de pé
Meu batismo é de fogo
Não me queimo...
Arquejo cambaleante com minha espada na mão pronto pra morrer
Redescubro. Sou um guerreiro.
Minha sina, meu destino.
Em outras eras, nessa.
Guerreiro luta!
Guerreiro não teme a vida nem muito menos a morte...
Morre de pé e não se entrega sem lutar.
Sobrevivo, vivo!