AINDA NÃO DEFINIR

Tento desenhar tua alma

Vou rabiscando no papel da vida

Utilizo lápis de minhas emoções

Mas com que cor a pintarei?

Isso eu ainda não sei...

E quando eu chegar no profundo

de tua essência,

E tiver que teu cenário adornar,

Diga-me com que flores queres

Para não correr o risco de eu errar

Me fales também de outras coisas

Que de fato encontrarei,

Como exemplo,

Que nome darei aos teus prantos

Quando matarem os encantos teus?

Quero desenhar uma nova alma

Pura e livre de arrogância

Mas peço pelo menos

Que ao amor que te dedico

Saibas dar-lhe importância

Falo com esperança e ousadia

Quero transformar tua alma

Abrindo sutilmente as janelas

Pois foi ela quem ofuscou

Os meus antigos sonhos de eterna espera

Se depois de retocada

Ela em nada for mudada

Cobrirei os desenhos de tua aparência

Mas antes de deixá-los,

Os banharei

Com todas as lágrimas de minha existência!

Lúcia Alves
Enviado por Lúcia Alves em 31/08/2011
Reeditado em 09/09/2011
Código do texto: T3192571