AINDA NÃO DEFINIR
Tento desenhar tua alma
Vou rabiscando no papel da vida
Utilizo lápis de minhas emoções
Mas com que cor a pintarei?
Isso eu ainda não sei...
E quando eu chegar no profundo
de tua essência,
E tiver que teu cenário adornar,
Diga-me com que flores queres
Para não correr o risco de eu errar
Me fales também de outras coisas
Que de fato encontrarei,
Como exemplo,
Que nome darei aos teus prantos
Quando matarem os encantos teus?
Quero desenhar uma nova alma
Pura e livre de arrogância
Mas peço pelo menos
Que ao amor que te dedico
Saibas dar-lhe importância
Falo com esperança e ousadia
Quero transformar tua alma
Abrindo sutilmente as janelas
Pois foi ela quem ofuscou
Os meus antigos sonhos de eterna espera
Se depois de retocada
Ela em nada for mudada
Cobrirei os desenhos de tua aparência
Mas antes de deixá-los,
Os banharei
Com todas as lágrimas de minha existência!