Quantas vezes !...

Quantas vezes !...

Quantas vezes caminhais

Caminhais por caminhar

No caminho não ajudais

Vosso irmão a se amparar

Quantas vezes vós passais

Indiferentes a tudo

E um óbolo, vós não dais

Ao que tem falta de tudo

Quantas vezes impassíveis

Fingis não ver a desgraça

Julgais-vos seres intangíveis

Aflições ... qualquer um passa

Quantas vezes desperdiçais

A prática da caridade

E sentimentos sufocais

Por falta d’afetividade

Quantas vezes ironizais

De vosso irmão desvalido

Entretanto não abnegais

Do bem-estar consentido

Quantas vezes nesta vida

Atrás de coisas falsas, correis

Tateando ambição desmedida,

Trocais tudo, por mil reis

Quantas vezes vacilais

Se em posição elevada

De vosso irmão não lembrais

E o retalhais na espada !

São Paulo, 31/08/2011

Armando A. C. Garcia

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