Fonte de amor

Esther Ribeiro Gomes

‘Deixa-me fonte, dizia a flor a chorar,

eu fui nascida no monte, não me leves para o mar...

E a fonte sonora e fria, cantava, levando a flor...

As correntezas da vida e os restos do meu amor,

resvalam numa descida, como a da fonte e a da flor...’

(Vicente de Carvalho)

Outrora, dessa fonte eu bebia,

e me embriagava nos versos de amor,

mas a fonte levou para longe a alegria,

legando-me apenas tristeza e dor...

Ah, fonte, outras águas haverão de passar

e novos tempos irão chegar...

Aprendi a ter fé e perseverança,

cada dia renovando a esperança,

para a felicidade conquistar!

Assim como águas passadas não movem moinho,

outro amor encontrarei neste caminho,

que as águas da fonte não irão levar!

E a flor desse amor trazido pelo vento,

perfumará de alegria esse novo tempo,

que a eternidade irá imortalizar!

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 04/09/2011
Código do texto: T3200156