Eu, Canoa de Tolda

São os sonhos estampados em curtumes.

E em delírios, para o povo perceber

São os sons das noites frias em vaga-lumes

E as carrancas são os bens que podes ter

Em silêncios metafísicos

E gemidos infernais

Entre corvos que vagueiam

Outras almas não mortais

A leve rocha que acompanha seu caminho

E outros traços, são as lagrimas a descer

O sol ardente esmigalhando o sorriso

Em outras velas, elas, a renascer

Os lábios secos ver a rosa em outro dia

Da janela outros mundos a correr

São os passos, lentos, da saudade

E o que lhe invade, ninguém pode perceber

É o povo estampado em curtumes

E delírios em noites a perceber

É o frio som dos sonhos vaga-lumes

São as carrancas que lhes podem proteger

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 08/09/2011
Reeditado em 20/05/2016
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