Eu, Canoa de Tolda
São os sonhos estampados em curtumes.
E em delírios, para o povo perceber
São os sons das noites frias em vaga-lumes
E as carrancas são os bens que podes ter
Em silêncios metafísicos
E gemidos infernais
Entre corvos que vagueiam
Outras almas não mortais
A leve rocha que acompanha seu caminho
E outros traços, são as lagrimas a descer
O sol ardente esmigalhando o sorriso
Em outras velas, elas, a renascer
Os lábios secos ver a rosa em outro dia
Da janela outros mundos a correr
São os passos, lentos, da saudade
E o que lhe invade, ninguém pode perceber
É o povo estampado em curtumes
E delírios em noites a perceber
É o frio som dos sonhos vaga-lumes
São as carrancas que lhes podem proteger